"Por seres tão inventivo e pareceres contínuo, tempo tempo tempo tempo, és um dos deuses mais lindos."
(Maria Bethânia)
(Maria Bethânia)
Crise hormonal. Só pode ser isso que regula minha bipolaridade rotineira. Acordo com um pedido disfarçado de ordem e vou deitar com uma vontade antiga que nunca se perdeu. E passam por mim sinônimos, vírgulas vespertinas e uma reticência longa no finalzinho da tarde. Já não sei bem em qual gramática eu conseguiria me adequar, qual a conjungação verbal reflete minhas vontades e qual o sujeito para minha oração não precisar de um predicado tão distante.
Relativismo: variação, contrário ao absolutismo, distante de tronos e altares, gangorra. Começo a entender aquela história do copo meio cheio e meio vazio, e vejo que nem sempre a gente quer mais quando se tem o suficiente. Talvez o excesso peque, me agustie e me faça desejar menos. E mais uma vez eu prefiro dizer que não sei quando vale a pena exagerar na pimenta.
Lembrei que não adianta tentar bancar o super-herói e querer me livrar de todos os distúrbios que meu corpo insiste em provocar. O menino indeciso e impaciente vai continuar a bater o pé quando achar que está certo, vai querer continuar atravessando sambas e dizendo que a batida dos tambores é mais forte. Vai acordar na manhã de segunda com uma vontade de continuar na coberta verde sem se dar conta que as nuvens se transformam na mesma velocidade que as oportunidades. Mas vai perceber que semanas depois as irritações são outras, sem motivos, por bobagens, mas extremamente instintivas.
Esperto é quem sabe que no equilíbrio não se encontra os suspiros. O melhor mesmo é o sobe e desce da gangorra, o eterno fluxo de estado de espírito.
Relativismo: variação, contrário ao absolutismo, distante de tronos e altares, gangorra. Começo a entender aquela história do copo meio cheio e meio vazio, e vejo que nem sempre a gente quer mais quando se tem o suficiente. Talvez o excesso peque, me agustie e me faça desejar menos. E mais uma vez eu prefiro dizer que não sei quando vale a pena exagerar na pimenta.
Lembrei que não adianta tentar bancar o super-herói e querer me livrar de todos os distúrbios que meu corpo insiste em provocar. O menino indeciso e impaciente vai continuar a bater o pé quando achar que está certo, vai querer continuar atravessando sambas e dizendo que a batida dos tambores é mais forte. Vai acordar na manhã de segunda com uma vontade de continuar na coberta verde sem se dar conta que as nuvens se transformam na mesma velocidade que as oportunidades. Mas vai perceber que semanas depois as irritações são outras, sem motivos, por bobagens, mas extremamente instintivas.
Esperto é quem sabe que no equilíbrio não se encontra os suspiros. O melhor mesmo é o sobe e desce da gangorra, o eterno fluxo de estado de espírito.
Texto de Patrick Moraes
7 comentários:
adorei!
"Esperto é quem sabe que no equilíbrio não se encontra os suspiros. O melhor mesmo é o sobe e desce da gangorra, o eterno fluxo de estado de espírito."
Genial. Genial!
Gostei imensamente.
Um abraço!
Devo dizer que os seus textos são... adoráveis! Li alguns em pouco tempo sem nem me dar conta... Sabe aquilo que nos dá a impressão de macio e mesmo sendo complexo não incomoda? (:
Te encontrei no Blog da Elenita.
(Parabens campeão do concurso!xD)
Tenho passado muito por aqui...
Gangorra apaixonante!
Passe pelo meu blog tbm:
www.prikastro.blogspot.com
E...confessando o crime...roubei algumas coisinhas daqui que quero mostrar no meu blog (inevitavelmente tudo q toca meu coração acaba lá!), com devidos créditos ao criados, é obvio.
Parabens outra vez, pelo dom!
muito bom o texto! to seguindo.
"...o melhor... é o sobe e desce da gangorra"
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Isso é o sentido da vida. Necessitamos estar em baixo para sabermos o quanto nos vale tentar ficar em cima. Mas não permanecer... Estar no topo sempre é utopia. E bom por ser assim!
Muito bom.
Fabuloso.
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