sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Eis aqui


"De todos os nomes que dei pras minhas crises de consciência" (Frejat)

Decisões sempre são mais difíceis do que se imagina. Prefiro me abster em determinados momentos e vê o que será. Um eterno romance de jardim ou aquele programa de final de ano na praia? Falta distinguir a essência de cada um ou, como de costume, chegarão ao mesmo ponto. Começos diferentes, meios parecidos e finais iguais. Clichê demais pra mim, fajuto em excesso. Deveria evitar subestimar tanto, pode ser diferente.

Um simples barzinho no sábado a noite? Bem sei que preciso disso, sair. Conversar, conhecer novas pessoas e entender novos mundos. Preciso de novos rostos, novas mentes, novos horizontes. Novidade! Mas preciso, essencialmente, buscar completude - se é que isso é alcançado. Ao menos sentir a felicidade em meus olhos, a motivação para deixar velhos trapos atrás, o riso estampado no rosto. Você talvez nem saiba que me faz feliz com um simples elogio, você nem deve entender que um segundo de conversa vale muito. Companheirismo, que venha junto com afinidade, com contraste. Um simples sorvete da pracinha no domingo?

O tempo passa e os problemas sempre continuarão, vestido com novas roupas e encarnado em novas faces. Que saudade daquele céu que cubriu nossos beijos a quase um ano, daquela água ali pertinho e você dizendo que seríamos pra sempre. Do coração acelerado, da vontade de ficar mais uns minutos contigo, o celular que não parava de tocar e nossos risos com toda aquela confusão. Pior é não esquecer isso tudo, mesmo passado tanto tempo. Pior é ver que você foi tão importante que faz parte das minhas melhores lembranças. Nem deveria estar falando de você aqui, o presente parece perder valor quando as tardes de janeiro aparecem.

Eis aqui a grande questão. Quem vale mais, a dúvida do presente ou uma certeza "morta" do passado? Prefiro optar pela decisão do futuro, sábio e convincente.

Texto de Patrick Moraes

terça-feira, 18 de novembro de 2008

É Fogo!


"E quem irá dizer que não existe razão?" (Legião Urbana)

Aquele lugar que encanta a tantos e motiva todos. A terra que traz consigo a beleza e a exuberância de cada ser. O ambiente da perdição, os sete pecados são mínimos, a única verdade é a do prazer. Felicidade é tão próxima que torna-se imperceptível momentaneamente. O exagero de atitudes domina, a música é vibrante! Os corpos sabem como conduzir tudo, a cada batida um compasso. A temperatura é alta, a energia é maior ainda.

Olhares, bocas e cheiros. Arrepia a alma! Arrepia a nuca com o toque. A precisão de cada mão, de cada gesto. O mundo fica pequeno para tanta sensação.

Só mesmo a tranquilidade da natureza pra equilibrar. Os passos ficam marcados na areia junto a folha seca que caiu a pouco. A água desmarca, marca e segue. O sol irradia! Por trás das lentes, olhar. Aquele mesmo olhar de criança, doce e cativante.

São simplesmente desejos de quem já passou por .

Texto de Patrick Moraes

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Ser como será

"É surpresa demais que trazes"
E como viu? Quando ele pensa estar assimilando as mudanças da vida, aparece mais só para confudir. Mas o barco vai tocando e só resta observar onde rio levará. Só sente que a felicidade é estampada no sorriso, ele consegue traduzir o menino melhor que antes. Por entender agora quem merece ser feliz.

"Voar é do homem"
Liberdade! É dela que ele tanto precisava. Ainda está longe de tê-la na forma mais plena. Mas o pássaro já subiu a montanha e consegue ver um horizonte imenso só seu. Sabe que não existe mais ninguém além dele. Faça chuva ou faça sol, o céu é o seu caminho e, mais que tudo, sua obrigação. Quem teme cair do vôo, jamais sai do chão. Ele quer mesmo é andar entre as nuvens!

"Coração, desejo e sina"Segue batendo, segue sentindo, segue. Os desejos já são diferentes dos anteriores, porém com a mesma essência. Querer? "A sina de artista de cinema, a cena onde possa brilhar". O coração de quem não se preocupa mais com o tempo, deixa que ele siga no compasso certo. Vê que os incidentes são mais interessantes.

Texto de Patrick Moraes

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

"Mergulhar com nossos corações ou agir com a cabeça?"


"I've made up my mind, don't need to think it over." (Adele)

Queria não falar mais de mim, de amores ou de qualquer demonstração de afeto. Acabo me tornando clichê demais, transbordando sensações que nem devem ser expostas. Queria só entender e ponto. Queria até mais, não precisar ter que querer tanto. O pouco poderia me satisfazer.

Responder perguntas simples é complicado. O contexto que me cabe não é o mesmo que vivi a um ano atrás. Quem poderia imaginar que meu mundo daria voltas tão rápido? Não quero me prender tão fácil, nem quero enganar mesquinhamente as pessoas. Já sofri dos dois maus e sei que nenhum vale a pena. Se for pra ser, vai ser! O instinto não pode falar mais alto, nem a frieza vai dominar minhas decisões. O equilíbrio é o ideal atingível, mas pra chegar até ele exige compreensão própria. Um passo pode ser derradeiro, a continuidade dos fatos é incerta.

Agora eu te respondo que mergulhar com os corações é não enxergar os possíveis abismos, é esquecer de analisar as possiblidades de se machucar nas pedras que podem estar ali embaixo. Agir com a cabeça é não se entregar a ponto de ser feliz, é se esconder nos medos e desistir das atitudes impensáveis. Não poderei optar por uma ou outra. Pense no meio-termo que encontrará a melhor das respostas.

Chega de filosofias de vida. Pensar só causa mais dúvidas e isso não é pra mim. Quero sentir mais, viver mais, pensando menos. O inesperado é ousado e instigante. Quero que você me surpreenda em um simples olhar.

Texto de Patrick Moraes

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

O jeito é apelar para intuição!


"Eu quero querer igual a você, assim sem disfarçar.
E quero escrever uma canção de amor para nos libertar!"
(Paulinho Moska)

Imprevisibilidade. Quem diria que tudo poderia acontecer dessa forma. Agora já nem sei mais o que fazer com aqueles planos antigos, aqueles sonhos de ontem, aqueles quase amores que não concluí. Era melhor eu nem ter previsto tanto! Deixar as coisas acontecerem funciona mais. A tua proximidade foi assim, ao acaso do destino. Cada segundo foi interessante, tudo ocorreu no momento exato. Não foi cedo demais, foi preciso. Foi espontâneo. Tua falta de olhar traz uma ingenuidade que encanta. Teu toque é forte, vai além do corpo.

Será que é a pessoa certa? Será que não é mais ilusão? Confesso que o tempo me faz pensar mais que agir por instinto. Perco aos poucos aquele enorme amor, ingênuo, bobo e crente demais. Vejo-me mais temeroso, as barreiras que um dia tentei ultrapassar me derrubaram, machucaram demais. Isso é bom, não sou mais criança pra acreditar em história do príncipe com a mocinha. Parece que a história se repete, ao inverso de antes, os papéis mudam de figura. Será que aquilo que não deu certo vai perseguir sempre minhas decisões? O passado consegue me enfrentar com uma força que a luta se torna exaustiva. Mas bem sei que posso, que devo seguir em frente. Só não sei se a hora é essa, só não sei se o amor é esse. Mas quem sabe de alguma coisa? É, a solução é apelar pro sexto sentido!

Texto de Patrick Moraes